segunda-feira, novembro 21, 2005

Sefarad I

Daqueles tempos idos me recordo
e de suas lembranças me carrego,
pois sonhando é que busco e que me acordo
na sinagoga de Isaac , el Ciego.

Recordação de Espanha,que me roça
toda alma num passado tão presente:
no lembrar de uma rua de Tortosa
ou no antigo falar de minha gente.

Sefarad é lembrança,é romã doce,
são sementes lançadas mundo afora,
numa gesta que nunca findará.

Sefarad: a amargura sublimou-se
na añoranza que cala e que demora
na saudade que vem e ficará.

De: Virgílio Maia
Poeta da cidade de Fortaleza/CE.

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